Alternativas para evitar ou sair do processo judicial. Conheça a facilitação de conflitos e como escolher o facilitador certo para seu caso
Desde o momento em que abrimos os olhos até concluirmos o dia, somos expostos à diversos tipos de interações, cercados de conflitos com os mais variados protagonistas, o vizinho barulhento no elevador, a pessoa no carro ao lado tentando trocar de faixa e sendo impedida por motoqueiros, a secretária de uma reunião que você está ligeiramente atrasado, o representante da empresa que contratou seu serviço e está querendo renegociar uma cláusula, briga familiar, desentendimento com o sócio, filho doente, noite mal dormida, e muitas outras interações que navegam na margem entre divergência e conflito, e que mexem à todo momento com nosso grau de tolerância.
Como administrar as divergências das relações que geram ruídos no diálogo, muitas vezes insuportáveis? À medida em que os conflitos negativos se consolidam, os protagonistas tendem a procurar caminhos alternativos em busca de uma solução ganhadora. Geralmente optam pela judicialização, a terceirização da decisão para um terceiro que vai decidir em nome dos até então protagonistas.
Neste cenário, como fica a empresa? Os stakeholders? Qual o tempo e custo estimado até a solução? Atingirei a minha meta de ganhar? Quais os reflexos do litígio no ambiente empresarial? Como lidar com um cenário futuro e incerto? O quanto ele traz segurança para o negócio e para as relações? Existem outras alternativas que resolvem ou minimamente podem colaborar na maximização dos ganhos dos envolvidos? Devo abrir mão do protagonismo que é a essência geradora de muitos negócios ?
A facilitação, procedimento autocompositivo, trás para a mesa de negociação a expertise de uma facilitador imparcial que é criar valor na negociação e transcender os impasses. Este trabalho é pautado no diálogo, nas etapas do procedimento e nas ferramentas procedimentais, de comunicação e de negociação. Os princípios norteadores: imparcialidade, confidencialidade, flexibilidade, decisão informada, oralidade, busca do consenso e boa fé. A essência deste trabalho é a Autonomia da Vontade.
Como escolher um facilitador de conflitos ?
De volta ao controle sobre a decisão futura a ser alcançada, é preciso examinar a cláusula contratual, se o caso. Muitas vezes esta etapa está prevista e deve ser seguida conforme indicada. Caso esta opção não esteja delineada, a escolha é livre, por uma Câmara ou por um profissional validado por todos.
Uma dica importante, checar se o profissional possui formação qualificada, experiência prática como facilitador, bem como se conhece bem o contexto a ser facilitado.